13.10.10

8.

No meio do bloco...

"
E que dentre todas aquelas faces,

Seu rosto procurei.
Não uma, mas centenas de vezes mais.
Se era esperança minha
ou tolice, como queira,
- não sei.
Ao vento me descabelei
e molhei-me a chuva
Sem que uma única palavra tua
que pudesse justificar.

Não te culpo;
não por aquilo que não podes controlar.
Lhe culpo pelas traças, pelos copos
sujos vazios e
tudo cheirando a vinho.

Lhe direciono a pouca cautela,
a distração, falta de tato
e uma certa rispidez.

Se não falamos sobre isso
foi porque eu não quis
e você não se opôs -
neste silêncio em que insistem
berrar palavras de insulto,
você sempre se fez entender
enquanto eu fiz questão
de tentar esquecer.

O quão em vão, é desnecessário dizer.
Ainda lembro de minhas tremedeiras
teu tão teu jeito
seu suor criando piscinas em minhas unhas
o frenesi que nos achávamos
emitindo sons, que vibravam.
"

2 comentários:

Gabrielle disse...

Não sei se rio ou se choro com um poema tão sentimental que trazem lembranças que não podem ser mais vividas ou esperança para outras novas.
Mas o que dizer?? Sou apenas uma capricorniana looking dor my "drummer" :P.

Fátima disse...

Gostei da tua intolerância, da leve ácidez nas tuas palavras escritas de forma inteligente.

Beijos
Fátima

Postar um comentário