17.9.10

6.

Não amo, não vivo
Perambulo --
no meu silêncio, articulo
essa relação de arquivo.

Não desprezo,
tampouco preservo,
prefiro esquecer
-- deixar engavetado,
que uma hora vira passado.

Uma hora a gaveta cospe papel
o pensamento é realmente,
totalmente, infiel;
e tudo vira Torre de Babel.

Mas (e mais) vale a aventura
ainda que cruel, incerta
e expressa por quem não te interessa
a aguardar, na esquina,
por essa vida, que termina.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa que melancólico!!!! Very very deep!!!

Unknown disse...

Ainnnnn querida eu sei que
não saimos esses dias...fica assim não
vamos comer sua babata e tomar umas cervejas logo logo tá!!!!

Gabrielle disse...

Muito bom. Gostei.
Mas então, vamos fazer uma atividade física??
Daqui a pouco dezembro está aí e, então, na hora que a gaveta cuspir o papel pelo menos estaremos anestesiados hahaha.

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