Não há palavra que não seja invejosa do número.
Palavra... é muito e o outro, absoluto.
As letras se juntam para formar o tempo:
se sentem confusas no presente
- perdidas no rumo incerto do falar,
mas se transformam ao cantar.
Se distraem colocando agudos no futuro,
embora o pretérito perfeito
tenham cismado em criar.
Resgatam passado como peixe do mar
- um que (eu posso!) acabei de inventar.
A palavra se vê risível, verdade;
mas sofre, às vezes, inaudível.
Se vê em outros tempos, outros momentos.
Impossível não lamentar.
A palavra, muitas vezes jogada,
nem sempre sentida,
teme em se perder no tempo
- não mais quista.
Quem escreve nem sabe o que está falando,
mas, na construção contínua do tempo,
dói a saudade do ainda presente
(sem enlouquecer)
em uma verdade clara
e certeza recorrente:
de você, eu jamais irei esquecer.
Amores Expressos
Há 13 anos
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